domingo, 22 de dezembro de 2013

Geni e o Zepelim, SARAU DE CHICO. Uma lição, sobretudo, de RESPEITO


Dia desses alguém me interpelou em um dos corredores da escola, dizendo-se estar em estado de choque com as apresentações do SARAU DE CHICO, o nosso SARAU DA EREM BEZERROS.

Ao contrário do que se pudesse supor, eu fiquei feliz com aquilo. Ri por dentro um riso minúsculo e contido e cheguei à conclusão de que o SARAU DE CHICO cumpriu o seu propósito: CAUSAR ESTRANHAMENTO.

O projeto que fundamenta suas bases na TEORIA DA RECEPÇÃO de Wolfgang Iser e Hans Robert Jauss, tem como finalidade - mesmo - analisar, auscultar e perceber como se comportam leitores diante de textos que fogem ao lugar comum.

E só acordando o preconceito encrustado em nossos gestos previsíveis, é que daremos um passo à frente no combate à discriminação silenciosa, ao 'bullying' velado, a 'panelinha' que determina o que é CERTO e o que é ERRADO.

Odeio essas CERTEZAS. Gosto mesmo é da DÚVIDA que inquieta e nos leva a REFLETIR, empurra-nos para CONHECER o que lá longe se difusa, se espalha, se mistura - e que a miopia dos falsos moralistas não consegue discernir.

O SARAU DE CHICO é isso. É esse fato pretensioso, que estudantes de uma escola pública - irmanados num só propósito - o de encaminhar-nos para refletir sobre IGUALDADE, JUSTIÇA, DEMOCRACIA, DIREITO (palavras afáveis, mas tão incomuns - na prática). 

Em GENI E O ZEPELIM, o SARAU DE CHICO - a despeito de toda a teoria, apesar de todo o blablablá escorreito do ISER e do JAUSS - quer mesmo é viver com cada leitor, cada interlocutor, cada espectador, cada plateia... a sensação de RESPEITAR e de ser RESPEITADO.

Porque em algum momento na vida fomos, e se não fomos... seremos a tal GENI. Ainda que estejamos hoje assumindo o papel vil e grotesco do COMANDANTE ou da CIDADE APAVORADA. 'C'est la vie!'

Todos de PARABÉNS!

O corpo como trunfo para a conquista do homem amado, em O MEU AMOR


A primeira imagem que me vem à cabeça é da Ópera do Malandro: Marieta Severo (Teresinha) contracenando com Elba Ramalho (Lúcia) , disputando entre si, o amor do personagem vivido por Otávio Augusto (Max).

Pois é.

A história retratada por essa letra mostra duas mulheres procurando publicizar qual delas seria a mais capaz de corresponder os caprichos do 'amado', utilizando-se de um único instrumento – o próprio corpo.

Este é o desafio lançado. Duas mulheres 'presas' à satisfação corporal/sexual proporcionada por este homem que pode se dar ao luxo de optar.

Luxúria acesa! O corpo como moeda de barganha. A mulher como objeto! Curtam MORGANNA BERNARDO e IAGO FIDELES nessa atuação primorosa.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO repercute ações do SARAU DE CHICO na cidade de BEZERROS


DIÁRIO DE PERNAMBUCO - Recife, domingo, 22 de dezembro de 2013.
Caderno: Vida Urbana. Página nº 07.

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sábado, 21 de dezembro de 2013

Estudantes abordam o 'feminino' através das canções de Chico Buarque de Hollanda


A música TERESINHA, de CHICO BUARQUE DE HOLLANDA fala dos três 'estágios' do desenvolvimento amoroso feminino. O primeiro seria o príncipe encantado - vivido, geralmente, na adolescência. O segundo - o cafajeste, aquela experiência a que todas as mulheres, em algum momento passam, e se submetem na vida. O terceiro seria a aceitação, sem fantasias, de um companheiro real, de carne e osso... e alma!

LETTÍCIA KAROLINE vê-se cercada e diante de tal dilema. LUIZ IRMISSON, FLÁVIO CAMPOS e MIQUÉIAS RAMOS concorrem para o amor de TERESINHA.

IARA LIMA interage com o público nesta performance digna de aplauso. PARABÉNS!

A história de Lily Braun, para 'chocar' e nos fazer refletir sobre o SEXISMO


LILY BRAUN, batizada com o nome Amalie von Kretschman, foi uma escritora feminista alemã. Filha do general Hans von Kretschmann, da Prússia e neta da Baronesa Jenny von Sustedt que era uma filha ilegítima do rei de Vestefália Jerónimo Bonaparte, irmão de NAPOLEÃO BONAPARTE.

Ainda cedo LILY BRAUN se casou com o professor de filosofia Georg von Gizycki, ao qual se uniram num movimento ético, que buscava estabelecer um sistema de moralidade que substituiria a influencia das religiões tradicionais. 

LILY casou-se novamente em 1896 com Heinrich BRAUN, após a morte do marido. Braun era um político social-democrata e um publicitário.

Ainda Jovem LILY filiou-se ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e tornou-se uma das líderes do movimento feminista alemão. Ela foi fortemente influenciada por FRIEDRICH NIETZSCHE e queria que o SPD se focasse no desenvolvimento da personalidade e da individualidade em vez da igualdade. Para ela, as mulheres deveriam ter a sua própria personalidade e não ser apenas consideradas como (futuras) mães e esposas. Ela lutava por liberdade econômica para as mulheres e a abolição do casamento legal.

CHICO BUARQUE, perspicaz como só ele, construiu um enredo em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN que, para quem não conhece a história - de fato - da moça, perca-se nas sinuosidades semânticas dessa poesia e tenha alguma dificuldade de encontrar coerência entre a canção e a biografia da ativista.

CHICO, na verdade, mostra como consegue entender bem o gênero feminino. Descrevendo dramas, anseios e a trepidez por que passam as mulheres em nossa cultura. Em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN ele trata, de modo singular, o 'AMOR QUIMÉRICO' contado em romances, nas telas de cinema e nas historietas bem contadas, como é bem essa coisa de 'promessa de amor' para elas. Aquela mesma que tem seu começo, meio e fim. Com um começo brilhante e cheio de expectativas, um meio repleto de trivialidades e um fim como o não contado: aquele em que se acaba o encanto e todos vão viver suas vidas prosaicas.

Não desanima, mostra uma realidade de uma promessa de amor mais presente na arte do que na vida real. Linda a letra, com todo o encanto de mostrar a vida como ela é, bem ao gosto e medida desse mítico poeta da canção brasileira.

MIQUÉIAS RAMOS e SINTHIA PONTES personificaram bem o que entenderam nos momentos de leitura. Extraordinária performance de ambos, completada com a interpretação de MORGANNA BERNARDO.

Sou suspeito!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mirem-se no exemplo daquelas "Mulheres de Atenas, SARAU DE CHICO"


Entusiasma o potencial de Sandy Souza, a disciplina de Marília Rebeca e o potencial vocal de Morganna Bernardo e Iara Lima. O que dizer dos nossos arranjadores - neste 'concerto'?! Iago Fideles - no teclado, Anderson Christian - no violino e Jonathan Soares - no saxofone cumprem o propósito de Chico Buarque e Augusto Boal. Nada mais a dizer. Deleitar-se, apenas!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Folhetim, SARAU DE CHICO



FOLHETIM fala do mercantilismo do corpo. A volúpia poética de Chico Buarque aflora nesta canção. A estudante Fernanda Nascimento interpreta, a dança de Alan Deivid, Morgana Luiza, Verônica Monteiro e Rennan Regys evoca o erotismo típico dos cabarés. As performances de Jhennefer Kavillyn, Elisane Morais, Eduardo Eraldo e Paulo Jefferson dão a dramaticidade de que o espetáculo precisa.

Mil perdões, SARAU DE CHICO


Iara Lima interpreta com brilhantismo a canção 'MIL PERDÕES', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, que ganha mais leveza ainda através da performance de Bianca Vasconcelos, contracenando com o seu namorado, o tecladista Iago Fideles.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Olhos nos olhos, SARAU DE CHICO

 
Na voz da estudante Iara Lima, a canção 'OLHOS NOS OLHOS', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, ganha roupagem através da dança contemporânea de Geyssiele Torres e Jonatas Luan.
 
A jornalista Margarida Azevedo, em sua coluna (Educ@ção, do JORNAL DO COMMERCIO, edição de 18 de dezembro), publicou nota sobre a apresentação do SARAU DE CHICO, no CEMAIC (Santo Antônio, Bezerros), na tarde de hoje.
 
OLHOS NOS OLHOS é uma das canções a serem executadas.

Pedro pedreiro, SARAU DE CHICO



O SARAU DE CHICO constitue-se como a primeira ação do NEGRa - Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da EREM Bezerros. A canção 'PEDRO PEDREIRO', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, e interpretada pela estudante MORGANNA BERNARDO - em 30 de outubro de 2013, retrata a melancolia de Pedro, que de tão acomodado, vê a vida escorrer por entre os dedos e passar.

Coordenado pelo professor MARCELO JOSÉ (Códigos e Linguagens), o projeto fundamenta suas bases na TEORIA DA RECEPÇÃO de Wolfgang Iser e Hans Robert Jauss - estudiosos que analisam a interação entre o texto literário e o leitor.

SARAU DE CHICO é fruto de trabalho de pós-graduação lato sensu (A CANÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL DE LEITURA NA ESCOLA: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA), desenvolvido, entre os anos de 2005 e 2007, na UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), sob a orientação do prof. Dr. Aldo Lima.

Em sua Versão nº 01 (2013), o SARAU DE CHICO apresenta canções que tematizam questões como VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, SEXISMO e PRECONCEITOS RACIAL e SEXUAL. Como atividade do NEGRa, pretende-se como ação itinerante e já se apresentou em feiras culturais, ações socioeducativas e eventos voltados a fazer refletir sobre LEITURA LITERÁRIA e DIREITOS HUMANOS.


MAIORES INFORMAÇÕES: marceloj@educacao.pe.gov.br



domingo, 1 de dezembro de 2013

Teresinha, de Chico Buarque de Hollanda (SARAU DE CHICO) será apresentada em Encontro Pedagógico, na Faintvisa



Estes são Dejaílton Torres e Iara Lima - estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros. Integram o SARAU DE CHICO, ação exitosa selecionada pela Coordenação Pedagógica e pelo Corpo Docente de Códigos e Linguagens para representar a EREM Bezerros na Formação de Professores de Língua Portuguesa e Matemática da GRE Mata Centro. O evento também contará com a presença dos gestores dos estabelecimentos educacionais da rede estadual nos 13 municípios jurisdicionados pela Gerência (com sede em Vitória de Santo Antão).

A formação docente estava inicialmente prevista para acontecer no dia 13 de dezembro - no Auditório Prof. José Aragão, nas Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (a Faintvisa). Mas conforme adiantou a prof.ª Maria José Pereira Gomes, coordenadora de formação da Unidade de Desenvolvimento de Ensino (UDE, GRE-Mata Centro), o encontro pedagógico precisou ser adiado para data ainda a ser confirmada. O SARAU DE CHICO foi convidado para realizar a abertura e será representado por 23 estudantes. O espetáculo foi adaptado e contará com oito canções de Chico Buarque.

Clique aqui e confira os ensaios do SARAU DE CHICO!

domingo, 24 de novembro de 2013

Cine NEGRa, um cinema em sala de aula para discutir sobre o preconceito e a discriminação racial na escola


Para contribuir com os estudos e o debate sobre o MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA, o NEGRa, Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da EREM Bezerros instituiu o Cine NEGRa, salas de cinema para exibir filmes, entre os dias 18 e 21 de novembro, que tratam sobre a discriminação racial e o preconceito. A ação é fruto de uma das linhas de pesquisa (Gênero e Raça) do NEGRa e faz parte do cronograma de atividades - desde o início do 2º semestre letivo.

As sessões e debates foram apresentados em turmas dos 2º anos do Ensino Médio nas aulas de Direitos Humanos, Filosofia, Sociologia e Língua Portuguesa, com os professores Adalberto Monteiro, Marcelo José e Missimere Carvalho e contou com a colaboração dos professores Antônio Simões NetoBetânia BezerraDalka Rogéria, Djair Batista, Flaviano Félix, Maria José e Rosimere Lima.

Com a criação do Cine NEGRa, assim como ocorreu com o SARAU DE CHICO, a ideia é a de fomentar a pesquisa e a discussão, para além do espaço escolar. Em razão disto é que foi criado o grupo NEGRa na rede social FACEBOOK, onde a comunidade escolar participa, interage e discute com educandos, educadores e especialistas atrelados à Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco. É interessante conferir a capacidade argumentativa desses estudantes, em defesa de seu ponto de vista.

Para Viviana Santiago, pedagoga e especialista nos estudos de Relações de Gênero na Educação, trata-se de um "... espaço (...) muito rico. Toda oportunidade de dialogar é também uma oportunidade de aprendizagem e crescimento." Já o estudante Júlio Alves, 2º C, disse estar "... gostando muito dos debates em sala de aula. Antes, nem parava pra refletir sobre esses temas, e agora fico procurando refletir cada vez mais", completou.

Leia, abaixo, alguns comentários de estudantes sobre o Cine NEGRa:

"Gostei muito da brilhante ideia do 'Cine NEGRa'. Podemos perceber que não existe ninguém melhor (...) filme perfeito,'Tempo de matar'. (por Geyvison Lucas, 2º ano C)

"O projeto 'Cine NEGRa' está sendo ótimo para abrir nossas mentes. Querendo ou não, existe uma ponta de preconceito em cada um de nós. Antes, não tínhamos tantos debates e conversas sobre tal assunto, o que não nos ajuda muito para enxergar o quão absurdo é esse preconceito e a que ponto ele pode chegar. Um preconceito que, nos tempos de hoje, com toda essa modernização, ainda continua vivo dentro de nós; um motivo de sincera vergonha para mim e para muitos que não concordam com tal preconceito, que ao seu ver não importa se somos negros, amarelos, pardos ou brancos. O que verdadeiramente importa é que somos HUMANOS e IGUAIS uns aos outros, querendo ou não." (por Juliana Carolaine, 2º ano A).

"Estamos inseridos em uma sociedade em que o desrespeito prevalece e isso ficou bem claro no filme a que assistimos. Precisamos ter em mente que não existe ninguém superior ou inferior, e é isso que o filme quer relatar. Por que tanto racismo/desrespeito, só por conta de um pigmento, se no final somos todos iguais? A melanina não vai definir seu caráter. É uma pena que ainda hoje existam pessoas que julgam os outros pela roupa, pela cor, pela religião ou pela condição financeira. Não existe necessidade de ter só um dia de consciência negra, mas sim um dia em que todos nós pudéssemos comemorar o dia em que o respeito prevalecesse na nossa sociedade. Temos que nos conscientizar e rever nossas atitudes. Afinal, somos todos iguais, independentemente de ser negro, branco, pardo ou mestiço." (por Jefferson Silva, 2º ano C).

"Bom, o filme a que assistimos hoje foi muito emocionante, com a intensão de mostrar que somos todos iguais, independente de cor ou classe social, pena que é só em filme. Mas podemos mudar essa realidade, com certeza. Chega de racismo! Nem negros nem brancos, apenas povo brasileiro." (por Alynne Almeida, 2º D)

Quer saber mais, clique aqui e confira as contribuições de especialistas e educandos da Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros.

Imprensa repercute SARAU DE CHICO

Estudante Morganna Bernardo canta Pedro pedreiro, de Chico

+ DIÁRIO DE PERNAMBUCOEstudantes do Agreste utilizam músicas de Chico Buarque para discutir preconceito e violência;

+ PORTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPESarau utiliza canções de Chico Buarque para promover reflexões sobre preconceito e violência;

PORTAL DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃOEscola promove estudos de gêneros inspirados em canções de Chico Buarque;

ACONTECE PERNAMBUCO replicou informação veiculada no Portal da SEE sobre o SARAU DE CHICO;

BLOG BEZERROS AGORA também replicou informação veiculada no Portal da SEE, sobre o SARAU DE CHICO. Confira!


Quer saber mais sobre o SARAU DE CHICO? Confira o banner, abaixo:

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sábado, 16 de novembro de 2013

O Sarau!


Este é o SARAU DE CHICO, um projeto que nasceu no espaço da sala de aula, com estudantes de ensino médio da EREM BEZERROS (Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros). A ação teve como finalidade levar a poesia, o esmero estético e o caráter reflexivo do nosso grande compositor CHICO BUARQUE DE HOLLANDA. É um trabalho que nos enche de orgulho!

Contando com 46 estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio da Escola de Referência em Ensino Médio BEZERROS, o SARAU DE CHICO é a primeira iniciativa do NEGRa - Núcleo de Estudos de Gênero e Raça, e serviu de espaço ao exercício de jovens muito talentosos: do teclado ao violão, do pandeiro ao violino, do clarinete ao saxofone.

Como se não bastasse, eles próprios desenharam com, muita criatividade - os seus figurinos. Somaram ao espetáculo de 90 minutos, dança contemporânea e disposição de fazer refletir sobre questões como a VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, DIVERSIDADE SEXUAL e RACISMO, através do cancioneiro de Chico.

Já realizamos 5 (cinco) apresentações: 3 (três) para os nossos mais de 700 estudantes - em 30 de outubro; outra no centro da cidade de Bezerros (Quadra do SISTEMA EDUCACIONAL RADAR), em 08 de novembro - por ocasião da tradicional feira literária Feslab, e por último, em 12 de novembro - uma para os estudantes do CENTRO DE ENSINO EXPERIMENTAL ESCOLA TÉCNICA DO AGRESTE, pais e responsáveis - que vibraram e aplaudiram de pé.

GENI E O ZEPELIM, A HISTÓRIA DE LILY BRAUN, OLHOS NOS OLHOS, TERESINHA, FOLHETIM, MIL PERDÕES, O MEU AMOR, MULHERES DE ATENAS, PEDRO PEDREIRO, O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE) e O MEU GURI são canções que serviram de plataforma para, sem nenhum exagero, o desenvolvimento artístico desses jovens, com performances que surpreenderam a todos.

Entre os anos 2005 e 2007, por ocasião do curso de pós-graduação (lato sensu) LINGUÍSTICA E ENSINO DO PORTUGUÊS, na UFPE, e sob a orientação do Prof. Dr. Aldo Lima, defendi o seguinte projeto monográfico: A CANÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL DE LEITURA NA ESCOLA: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA. Desde então, já se vão 03 saraus. (RECITAL LÍTERO-MUSICAL DO SESC - 2006, SARAU DA GUIOMAR - 2008 e agora o SARAU DE CHICO).

Vai, portanto, aqui, o meu agradecimento a Ana Xavier - gerente regional da GRE Mata Centro, que em parceria com a Prefeitura Municipal de Pombos, através de regime de permuta, possibilitou a mim - particularmente – disponibilidade para trabalhar, mais detidamente, tais temáticas, de forma lúdica e prazerosa com esses educandos. À Secretaria Executiva de Educação Profissional e à Secretaria da Mulher - pelas orientações e carinho. A Êda Cabral - nossa gestora, aos professores. A estes JOVENS E VALOROSOS EDUCANDOS!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dia 30 de outubro tem SARAU DE CHICO

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O NEGRa - Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da EREM Bezerros, realiza na próxima quarta-feira (dia 30), no auditório da unidade escolar, sua primeira ação. Trata-se do SARAU DE CHICO.

O evento tem como finalidade chamar à reflexão e debater - através do cancioneiro de Francisco Buarque de Hollanda, o nosso CHICO BUARQUE - temas como o racismo, a homossexualidade e a violência contra a mulher.

Ao SARAU DE CHICO integram 43 estudantes do ensino médio, que por meio de recital lítero-musical - em coreografias e performances vocais - evocam a poética de Chico em canções como Pedro pedreiro, O meu guri, Olhos nos olhos e Geni e o Zepelim.

Neste primeiro momento, a apresentação estará restrita aos estudantes da referida escola, assim como a representantes da Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco, Secretaria Executiva de Educação Profissional e à Gerência Regional de Educação da Mata Centro.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A didática da eficácia: o exemplo


Quando eu era criança tinha sempre que responder a pergunta 'pronta' de adulto:

'Menino, o que você vai ser quando crescer?'

É que adultos têm sempre dessas coisas, sabe?! E ai de você se não oferecer a eles a resposta por que tanto esperam. Eu era menino, mas como todo bom desconfiado - que sempre fui, já conhecia a malícia. Então, enchia a boca:

'Advogado, médico, juiz, jornalista... doutor'.

Orgulhoso de mim, o meu avô sorria com a sua esperança míope - sem nada me cobrar. Acreditava em mim, sempre acreditou em mim, embora fosse possível perceber que seus olhos antevissem tempestades.

Não me tornei o 'doutor', que quando menino dissera. E meu avô - aquele homem de alegria líquida e modéstia sólida - anos mais tarde morreu. Parafraseando o poeta alagoano Lêdo Ivo - em seu Montepio, morreu, mas me deixou gestos, atitudes, palavras.

Talvez seja este o cerne da profissão que acabei por escolher: professor - esta figura historicamente desvalorizada, ainda que resiliente. Ensinar pelo exemplo é, certamente, a didática da eficácia. Embora haja quem pense que ser professor é saber de bizus para responder a prova do vestibular.

Sinceramente, eu não acredito que o ensinar se realize, se não for pelo exemplo. Exemplo do respeito, da ética e da esperança (que não seja ingênua) que renove em nós a crença no outro. Exemplos, lamentavelmente, ausentes em muitas salas de aula. Possivelmente, porque não caibam, ante comportamentos tão hostis.

Infelizmente, temos que reconhecer que há algum tempo nos transformamos numa confraria de descontentes, com alguma razão - até, pelos salários nem sempre compatíveis com o encargo; seguramente, pelas más condições; e, algumas vezes - pelo total abandono.

Mas é constrangedor o ar de infelicidade permanente. Reclama-se de tudo. Nada está bom. Nada parece estar certo. 'Se não estiver do meu jeito não vale!'. Meu Deus!... quantas atitudes insalubres... Não há terreno para agradecimentos, para elogios.

O ácido é a substância tóxica da moda!

Aos poucos, sem nos darmos conta, incorporamos o pensamento mesquinho 'do quanto pior melhor'. Como viúvas inseguras e desamparadas lançamos mão de métodos sujos, porcos, selvagens. Uma retaliação anônima. Uma conduta sem nome.

Sem perceber - é o que terminamos por ensinar aos nossos estudantes.

Nosso caráter, nosso exemplo.


Leia também:
O semeador de palavras, texto de 17 de outubro de 2009

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Núcleo de Estudos de Gênero e Raça


Gente,

Desejo fazer, aqui, um registro: estou entusiasmado com o nosso trabalho e com a capacidade criativa de todos.

O Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da Escola de Referência em Ensino Médio de Bezerros não tem um dono. Ele é o resultado da ação coletiva de estudantes e professores. Está no início, mas já consigo ver que vai longe.

Eu preciso confessar que estabelecer um trabalho sério como esse não tem sido tarefa fácil. E o seu sucesso depende do envolvimento integral de todos que a ele pertencem. Requer disciplina. Sabedoria.

Tenho a consciência de que a dinâmica de uma escola, com suas tarefas e obrigações, quase sempre não deixa espaço à atividades diversificadas do currículo. O que é lamentável!

A escola é o espaço para se aprender sobre Teorema de Pitágoras, a fórmula de Bháskara, o emprego dos "porquês", regra de Crase, Genética, entre outros, mas é também o lugar da humanização.

E como humanizar nossos movimentos engessados? Como ludibriar a burocracia e os rituais? Como superar a vaidade dos presunçosos? Como vencer os muxoxos e o olhar incrédulo daqueles que invejam por pura insegurança de, equivocadamente, se sentirem ultrapassados?

Bem..., e quem disse que a vida é fácil? E por que não tentarmos desvendar a sua alquimia?

O fato é que, embora esqueçamos - vez ou outra - o papel e a função socializadora da escola, vale dizer que é nossa missão, também, mostrar não apenas em palavras, mas sobretudo em ações, que desejamos construir um mundo melhor.

E um mundo melhor a gente faz é com respeito mútuo. Um mundo melhor a gente constrói é com condutas éticas. Um mundo melhor só será melhor, mesmo e de fato, quando conseguirmos suplantar a ideia de que o nosso problema é o "outro", e que para sermos "bons", esse outro deve ser aniquilado.

Que tal elevarmos o nosso espírito a um patamar minimamente civilizado... tendo noção das nossas diferenças, e equilíbrio para assimilarmos possíveis incongruências naquilo que é estranho a nós?

Quer saber...?

Eu acredito na escola que forma cidadãos a partir de exemplos.

E não é preciso pensar muito para concluir que vocês é que são a realização do nosso esforço em querer uma educação inclusiva, autônoma, protagonista, cidadã.

É em vocês, portanto, que eu - de olhos fechados - aposto todas as minhas fichas.

De verdade!!!

domingo, 15 de setembro de 2013

Impressionado...



... com o talento do meu amigo Grinaldo Gadelha Júnior.

Gadelha é advogado e Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Joaquim Nabuco (do Grupo SER), em seu braço no município de Paulista - PE. Está envolvido, sempre, em discussões que tematizem e debatam a igualdade de gênero e o respeito para com a natureza e os animais. Nas horas vagas, faz música.

Só isso!

(Confiram a pegada no teclado!)

sábado, 3 de agosto de 2013

A 'minha' cidade


Sei muito pouco sobre a minha cidade. E hoje é seu aniversário. Desaponta-me não falar nada em data tão festiva: 368 carnavais é muita coisa! Por isso acordei com a disposição de escrever algumas linhas, ainda que tais linhas não mereçam nada mais e além que o crédito, comumente concedido a quem é forasteiro.

Não sei o quanto de folclore há na história da minha cidade, nem sei mesmo se é o caso de se pensá-la como um causo. Mas reza a lenda que um bravo povo dessa terra afugentou um exército inteiro. Pelo menos é o que narram dois ou três livros que guardo na estante.

Na iminência de ver o território ocupado por colonos holandeses, abnegados guerreiros da minha cidade (nativos e agregados  como eu) não quiseram se subordinar a países baixos. Consideram-se, por certo, superiores.

O fato é que portugueses e brasileiros que aqui viviam (ou detinham algum tipo de interesse – seguramente, financeiro) botaram a tropa neerlandesa para correr, quebraram o maior pau. Pense num cacete! Mandaram-na às cucuias de Amsterdam.

Vitoriosos  vitorienses e neo-vitorienses tinham, agora em mente, um audacioso e visionário plano: instituir uma constituição própria que disciplinasse, a médio-longo prazo, deveres e direitos nos limites da cidade.

A carta magna costurada a nanquim (contendo verdadeiros mandamentos) aos habitantes 'daquela' remota terra, com os devidos descontos (porque aí já se vão algumas centenas de anos), dizia sobre política: esta arte da dissimulação (conclusão de Descartes que eu endosso).

O artigo da Constituição da Republiqueta da Terra das Tabocas dispunha que todo povo tinha o direito imprescritível e inalienável à autodeterminação, mediante às suas demandas e exigências.

Mas uma emenda, aprovada séculos mais tarde, identificando a pouca objetividade do texto, acrescentou que o povo tem, mesmo, todo direito, desde que mantenha algum grau de parentesco ou fidelidade com o líder político em vigência, ou frequente a mesma  que ele  confraria.

O artigo determinava a criação de uma câmara alta, autônoma e que emergisse legitimamente através de critérios técnicos e do voto distrital livre e direto (nesta ordem), configurando-se em representação deliberativa do povo, junto ao Estado (das Tabocas).

No entanto, recentemente, mediante o glorioso instrumento da Medida Provisória, a MP nº 40 - votada às pressas por um legislativo entorpecido (porque foram tantos os mimos), o governante da época conseguiu tornar sem efeito o artigo supracitado.

O dirigente que o sucedeu, com um ar democrático surpreendente, logo decidiu reescrever o tal artigo, dando-lhe roupagem linguística mais sofisticada. E mediante a Medida Provisória nº 55 foi soberanamente taxativo: "Que o poder legislativo seja ‘joystick’ do Executivo municipal!"

Honestamente, é o que pouco sei sobre a minha cidade.

Sim..., mas acabo de me lembrar, também, de que de lá pra cá riachos e nascentes foram transformados em esgoto, inclusive para acomodar os rejeitos industriais  em nome do 'desenvolvimento'. Um desenvolvimento que não chega aos bairros mais pobres, às pessoas que mais precisam.

O rio mais importante da minha cidade foi assoreado e teve sua margem invadida por aterros, terraplanagens e edificações, cuja propriedade é – no mínimo  questionável. Por outro lado, há quem invista tempo discutido a desnecessária etimologia de seu nome (se Itapacurá ou Tapacurá, é irrelevante). Eu quero é tomar banho de rio! Eu quero é pescar! Utopia? Éh... eu gosto de utopias.

As construções sem controle tomaram conta das calçadas. Não há asfalto nem praça nas periferias. Quem nesses lugares moram, alheios a tudo, vivem a indigência e ignoram a semântica da palavra ‘direito’. As associações de moradores servem apenas para arregimentar eleitores.

Quando nos deslocamos em automóveis, enfrentamos motos e motociclistas inescrupulosos, buracos, semáforos desordenados, sinalização deficitária, caminhões que descarregam mercadorias em plena luz do dia, ferro velho estacionado e o carro do lixo que, sem o menor planejamento, nunca sai à noite – horário de menor fluxo.

Quem usa ônibus (meu Deus!) vive a síndrome da 'lata de sardinha', e corre riscos de perder a vida em coletivos malcheirosos, malcuidados – guiados por condutores despreparados e que, sequer, respeitam um cronograma de viagens preestabelecido – entre outras coisas porque ele  o tal cronograma  não existe e porque não há, no poder público (leia-se: Prefeitura), ninguém a, sobre isto, ocupar-se.

Tem mais: há sempre lâmpada de poste que não acende (mas tem poste plantado no meio da rua!), os esgotos das casas perseguem o meio-fio escancarado. Em muitos lugares, formam poças que se espalham: moradias de ratos, baratas e enxames de moscas.

Tudo isto representa bem o cheiro de anos de abandono e de indiferença.

Quando chove é lama na certa.

Se faz sol, som alto e cerveja.

Citando o poeta Everardo Norões, e sem nenhum receio de ser classificado como preconceituoso, não tiro palavra, nem ponho: "a música brega do vizinho violenta nossos ouvidos e as crianças vagam pelas esquinas num exercício de vadiagem que as levará ao crack e ao crime".

Os 'playboys', e até gente (imaginem!adulta, crias de uma mentalidade falso-burguesa, exibem-se com seus veículos financiados em 72 meses. Com o som alto e a mala aberta ostentam uma pobreza que os condena a não refletir.

Enquanto isso a política de prioridade do prefeito é investir em guardas engomados a desfilar na principal avenida como num exercício ridículo de figurantes para programas de TV.

Eu não conheço a minha cidade. E, honestamente, nem sei se gostaria mesmo de conhecê-la. Melhor que ela continue a viver em mim em silêncio, em pleno anonimato, porque é assim que gostaria de nela viver.

Mas confesso que hoje eu acordei com a gota!

Chega a hora que a gente precisa botar para fora aquilo engasgado, sabe?! E não importa se vão entender mal o meu resmungo, o meu desaforo, a minha malcriação. Sim..., porque é assim que a pseudo-elite (política, econômica e intelectual) entende. Não admite ser contrariada.

Éh... e faz tempo, viu, que eu notei isso.

Já notei também que desqualificar a fala de quem se insurge, de quem se insubordina ao 'establishment' é a especialidade dos coronéis e de seus capangas no território baldio que se tornou a minha cidade. Contudo, justiça seja feita, antes de desqualificar, eles chegam junto, conversam, oferecem um cargozinho, um empreguinho, e se não tiver cuidado, eles cooptam.

Aí ninguém repercute. Aí ninguém comenta. Aí ninguém fala. E todos os anos (como num teatro) se reúnem, em confraria, e realizam o esquete de sempre: fogueteiam, hasteiam a bandeira, cantam um hino, falam umas coisas – qualquer coisa. Confraternizam-se – não se sabe o quê, nem por quê.

Aqueles que se consideram mais 'sabidos' repetem a mesma conversa que ouviram contar. Falam de uma tal 'batalha' em que chegaram batendo, caindo de pau na tropa holandesa. E já cansados de seus próprios blablablás dão uma trégua, intercalam com coqueteizinhos mal dormidos: um canudinho aqui, um pastelzinho folheado acolá... e comem  e como comem! E bebem  bebem muito! 

Mas a verdadeira história da cidade ninguém conta, a verdadeira história da cidade ninguém quer contar.

sábado, 27 de julho de 2013

O ser proletário e o irremediável esfíncter


A dinâmica proletária tem me imposto uma rotina que não reserva tempo sequer à escrita do resmungo, do bom desabafo, da ironia irremediável e velada, do 'puta que pariu' espontâneo, e até mesmo do gracioso... explosivo e muitas vezes involuntário convite a tomar no esfíncter, essa palavra tão sonora e mágica, esse endereço monossilábico e cru.

A dinâmica proletária é bem comportada e não me tem dado espaço para improvisos. Não me concede apartes, tampouco me oportuniza à sagrada necessidade da réplica, da tréplica: essa cara e imprescindível necessidade do humano de estabelecer relações dialógicas, comunicar-se. Assim sendo, essa dinâmica proletária é indiferente e chata. É um saco! É burra!

E ao contrário do que muita gente pensa, a dinâmica proletária não é coisa que ficou lá na Roma Antiga, ou no século XIX - naquele passado de Smith Marx. Aliás, é matéria do dia. A dinâmica proletária é oxigênio reutilizado em pulmões falidos de atletas sem perspectiva de pódio. É atual, mas não é moderna. É por isso que muita gente já está cansada.

E, a despeito daquilo que acontece em nossas principais praças, entre 'arruaças' e coquetéis molotov, o Brasil real e periférico mantém-se inerte e abestalhado. O barulho das máquinas no chão das 'fábricas' (repartições públicas e representações sindicais) anestesiou o proletariado - que sem forças, não questiona. Não perturba a ordem estabelecida. Não faz muxoxo ante o status quo inabalável.

O proletário é um objeto com tempo de validade prefixada e que tem a gloriosa missão de gerar proletariosinhos de bosta, com a mecânica e honrada utilidade de multiplicar a inércia do fazer nada. Quando muito, uma vista grossa ali, um entrar mudo e sair calado acolá. Alienados, reproduzem com alegria e júbilo o 'efeito manada'. Aleluia, irmão! Amém!

Na minha cidade, por exemplo, tem gente pós-graduada na arte do silêncio. Manietadas pelos favores e benesses, há muito perderam a chave das algemas. E aí... já viu: cordão umbilical comprometido, dignidade defenestrada. Os maus políticos se refestelam, agradecem e, numa acumulação primitiva questionável, fazem da atrofia cerebelar proletária o seu maior capital

Conheço pencas de proletários que, mesmo sem se darem conta, dão aula grátis de como não ser cidadão! Suburbanos metidos a aristocratas reverberando teorias que jamais porão em prática. Pseudointelectuais regurgitando a ideia alheia que não foi testada, sequer, na geografia da sua casaAinda assim se divertem num circo em que protagonizam, do auge da inconsciência, o jocoso papel de ser 'brasileiro'.

domingo, 21 de julho de 2013

Escolas substituem cadernetas de papel pelo Diário de Classe Eletrônico

Diário de classe de papel já era! Em substituição àquele volume de "cadernetas" que os professores teriam de manusear, todos os anos, surge agora - na plataforma do Sistema de Informações da Educação de Pernambuco, o SIEPE, o formato eletrônico. A mudança será gradual e começará, inicialmente, em 100 (cem) escolas. As unidades precisam - necessariamente - atender a critérios de infraestrutura (rede física e rede lógica).

Pelo visto, os técnicos da Gerência Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação - GGTI terão muito trabalho, uma vez que o que se observa - em grande parte dessas escolas - é uma conexão à internet capenga, deficitária. Especialmente quando os professores precisam compartilhar o acesso com os tablets dos estudantes.

Elogios, no entanto, aqui cabem: o meio ambiente agradece à iniciativa desta permuta. Serão menos árvores cortadas e, portanto, uma perspectiva de impacto atenuado. Outra questão tem a ver com a transparência das informações e a impossibilidade, pelo menos no campo virtual, de fuga aos eixos e temáticas propostos para cada série. Os pais poderão, de casa e com maior automaticidade, acompanhar o rendimento do filho.

Na GRE Mata Centro (Vitória de Santo Antão), apenas a Escola de Referência em Ensino Médio de Bezerros consta na relação publicada no Diário Oficial do último dia 19, através da Instrução Normativa nº 04/2013, que não teve efeito retroativo e, deste modo, entrou em vigor a partir da data de sua publicação. Em 2014 mais escolas migrarão para esse formato.

Confira aqui a Instrução Normativa nº 04/2013 e a relação completa das escolas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

EREM Bezerros, escola que tirou em 3º lugar no IDEPE, tem nova gestora


A escola com o melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, e o melhor na GRE Mata Centro, tem nova gestão. Foi publicada, no Diário Oficial de ontem, a portaria que designou - em caráter pró-tempore - a professora Êda Maria André Cabral como gestora da Escola de Referência em Ensino Médio de Bezerros.

A nomeação se deveu ao fato da professora Ladjane Torres - gestora anterior, ter ido ocupar a Secretaria de Educação do município de Bezerros.

Durante o 1º semestre deste ano a unidade escolar foi conduzida - interinamente, pelas professoras Aparecida Xavier e Dalka Rogéria. A vinda de Êda Cabral obedece à classificação no Progepe, uma vez que ela tirou a melhor nota, entre os segundos colocados, quando concorreu para a Escola de Referência em Ensino Médio Frei Epifânio, no município de São Joaquim do Monte

quinta-feira, 18 de julho de 2013

BDE - Confira a classificação das 40 escolas da GRE Mata Centro, Vitória de S. Antão

Clique na imagem para ampliar!


4ª EDIÇÃO DO BÔNUS EDUCACIONAL

Conforme publicado no portal da Secretaria de Educação, o governador Eduardo Campos e o secretário, Ricardo Dantas, assinaram, na última terça-feira (16/07), o decreto liberando R$ 60,1 milhões para pagamento aos 23.440 mil profissionais (aí se incluem não apenas professores, mas também corpo administrativo, técnico educacional e equipe gestora) da Educação que terão direito ao Bônus de Desempenho Educacional (BDE).

QUEM TERÁ DIREITO? QUANDO SERÁ PAGO?

O bônus premiará todos os funcionários e servidores lotados e em exercício das unidades escolares em função do desempenho de sua escola, desde que a escola tenha matrículas, em 2012, na 4ª e/ou 8ª séries do E.F e/ou 3º ano do Ensino Médio. O servidor deve estar em exercício na escola por no mínimo 06 meses do ano letivo que for referência para a concessão do bônus. A Assessoria de Comunicação do Governo do Estado assegurou, por meio de nota, que o valor já será depositado na folha do mês de julho e varia de R$ 726 a R$ 3.873, tendo como valor médio R$ 2.976,24. Lembrando que o pagamento do bônus será realizado individualmente e a oscilação obedece a critérios como o salário-base (o famoso CÓDIGO 200, atrelado ao tempo de serviço) e o percentual da meta alcançada por cada um dos servidores contemplados.

45% DAS ESCOLAS DA GRE MATA CENTRO FORAM BENEFICIADOS

O percentual de unidades escolares contempladas aponta para um caminho longo, ainda, a ser percorrido, uma vez que apenas 18 escolas, dentre as 40 jurisdicionadas à GRE Mata Centro, foram contempladas.  Dentre aquelas que atingiram o percentual projetado de metas no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco, 07 são as chamadas "escolas de referência". Foram avaliadas 10 unidades que oferecem a modalidade de ensino em tempo integral, na GRE Mata Centro.

TOP FIVE DO IDEPE NA GRE MATA CENTRO

A Escola de Referência em Ensino Médio de Bezerros apresentou, mais uma vez, o maior IDEPE (5,39) dentre os estabelecimentos de ensino da GRE Mata Centro, ficando em lugar dentre as mais de 1.100 escolas do Estado. A Escola de Referência em Ensino Médio Dr. Alexandrino da Rocha, no município de Bonito, ao atingir 5,03 ficou em lugar. Já a Escola de Referência em Ensino Médio de Gravatá, embora apareça com o maior IDEPE, dentre as 40 escolas dos 13 municípios, não conseguiu replicar a média anterior (4,80) e foi abatida pelo pragmatismo dos números (4,71 não foram suficientes). As  EREM's Professor Barros Guimarães - em Glória do Goitá e João Pessoa Souto Maior - em Sairé (ambas com 4,25) completam o ranking das mais bem avaliadas.

PODE MELHORAR!

A Escola Técnica Estadual Luiz Dias Lins, conhecido como Agrícola - no município de Escada (com 42 pontos percentuais realizados das metas) e a Escola de Referência em Ensino Médio Senador João Cleofas de Oliveira, em Vitória de Santo Antão (com 0%) deverão, agora, revisitar estratégias e apresentar um plano de gestão que as leve a figurarem, em 2014, como instituições que conseguiram melhorar o padrão de qualidade de ensino. Professores competentes, ambas, têm para isso.

ESCOLAS DE BEZERROS SÃO O DESTAQUE

Além da EREM de Bezerros - com o lugar do pódio estadual (IDEPE do Ensino Médio), a Terra do Papangu tem ainda as escolas Dom Jose Lamartine Soares (4,73), Cônego Alexandre Cavalcanti (4,38) e Professora Maria Ana (com 4,27) que apresentam os 3 melhores desempenhos no Índice de Desenvolvimento da Educação da GRE Mata Centro para as séries finais (do 6º ao 9º ano). Escola Cleto Campelo (4,21) e Escola Aarão Lins de Andrade (4,19), ambas no município de Gravatá acompanham a classificação das 5 com o melhor desempenho no Ensino Fundamental. O caminho natural de algumas dessas unidades será o da municipalização. O foco do Estado são o Ensino Médio e Técnico Profissionalizante.

OS NÚMEROS

Ao todo, este ano 56% das escolas estaduais de todas as regionais do Estado serão contempladas com o BDE. Dessas, 29% vão receber o valor integral. Outras 23% obtiveram variação positiva, mas ainda não alcançaram o mínimo de 50% da meta do Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) - contrapartida pactuada entre o Governo e os gestores das unidades de ensino para o recebimento do bônus. De acordo com informações do próprio Governo, foram investidos R$ 51,55 milhões na premiação dos profissionais.

O IDEPE

Trata-se, como já acima mencionado, do Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco. Para elevar o IDEPE, a escola deverá, necessariamente, apresentar melhorias na média da proficiência dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco - SAEPE e na média da taxa de aprovação dos estudantes. Por isso, é pactuado com a escola, através da assinatura do Termo de Compromisso, as metas a serem alcançadas pelos alunos das 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A escola que alcança a partir de 50% da meta estabelecida é contemplada com o Bônus de Desempenho Educacional (BDE). O IDEPE é calculado utilizando o resultado do SAEPE e da taxa de aprovação, medido pelo censo escolar. O IDEPE não é nada mais, nada menos do que a multiplicação da nota média do SAEPE na escola pelas taxas médias de aprovação no ciclo avaliado.