domingo, 24 de novembro de 2013

Cine NEGRa, um cinema em sala de aula para discutir sobre o preconceito e a discriminação racial na escola


Para contribuir com os estudos e o debate sobre o MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA, o NEGRa, Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da EREM Bezerros instituiu o Cine NEGRa, salas de cinema para exibir filmes, entre os dias 18 e 21 de novembro, que tratam sobre a discriminação racial e o preconceito. A ação é fruto de uma das linhas de pesquisa (Gênero e Raça) do NEGRa e faz parte do cronograma de atividades - desde o início do 2º semestre letivo.

As sessões e debates foram apresentados em turmas dos 2º anos do Ensino Médio nas aulas de Direitos Humanos, Filosofia, Sociologia e Língua Portuguesa, com os professores Adalberto Monteiro, Marcelo José e Missimere Carvalho e contou com a colaboração dos professores Antônio Simões NetoBetânia BezerraDalka Rogéria, Djair Batista, Flaviano Félix, Maria José e Rosimere Lima.

Com a criação do Cine NEGRa, assim como ocorreu com o SARAU DE CHICO, a ideia é a de fomentar a pesquisa e a discussão, para além do espaço escolar. Em razão disto é que foi criado o grupo NEGRa na rede social FACEBOOK, onde a comunidade escolar participa, interage e discute com educandos, educadores e especialistas atrelados à Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco. É interessante conferir a capacidade argumentativa desses estudantes, em defesa de seu ponto de vista.

Para Viviana Santiago, pedagoga e especialista nos estudos de Relações de Gênero na Educação, trata-se de um "... espaço (...) muito rico. Toda oportunidade de dialogar é também uma oportunidade de aprendizagem e crescimento." Já o estudante Júlio Alves, 2º C, disse estar "... gostando muito dos debates em sala de aula. Antes, nem parava pra refletir sobre esses temas, e agora fico procurando refletir cada vez mais", completou.

Leia, abaixo, alguns comentários de estudantes sobre o Cine NEGRa:

"Gostei muito da brilhante ideia do 'Cine NEGRa'. Podemos perceber que não existe ninguém melhor (...) filme perfeito,'Tempo de matar'. (por Geyvison Lucas, 2º ano C)

"O projeto 'Cine NEGRa' está sendo ótimo para abrir nossas mentes. Querendo ou não, existe uma ponta de preconceito em cada um de nós. Antes, não tínhamos tantos debates e conversas sobre tal assunto, o que não nos ajuda muito para enxergar o quão absurdo é esse preconceito e a que ponto ele pode chegar. Um preconceito que, nos tempos de hoje, com toda essa modernização, ainda continua vivo dentro de nós; um motivo de sincera vergonha para mim e para muitos que não concordam com tal preconceito, que ao seu ver não importa se somos negros, amarelos, pardos ou brancos. O que verdadeiramente importa é que somos HUMANOS e IGUAIS uns aos outros, querendo ou não." (por Juliana Carolaine, 2º ano A).

"Estamos inseridos em uma sociedade em que o desrespeito prevalece e isso ficou bem claro no filme a que assistimos. Precisamos ter em mente que não existe ninguém superior ou inferior, e é isso que o filme quer relatar. Por que tanto racismo/desrespeito, só por conta de um pigmento, se no final somos todos iguais? A melanina não vai definir seu caráter. É uma pena que ainda hoje existam pessoas que julgam os outros pela roupa, pela cor, pela religião ou pela condição financeira. Não existe necessidade de ter só um dia de consciência negra, mas sim um dia em que todos nós pudéssemos comemorar o dia em que o respeito prevalecesse na nossa sociedade. Temos que nos conscientizar e rever nossas atitudes. Afinal, somos todos iguais, independentemente de ser negro, branco, pardo ou mestiço." (por Jefferson Silva, 2º ano C).

"Bom, o filme a que assistimos hoje foi muito emocionante, com a intensão de mostrar que somos todos iguais, independente de cor ou classe social, pena que é só em filme. Mas podemos mudar essa realidade, com certeza. Chega de racismo! Nem negros nem brancos, apenas povo brasileiro." (por Alynne Almeida, 2º D)

Quer saber mais, clique aqui e confira as contribuições de especialistas e educandos da Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros.

Imprensa repercute SARAU DE CHICO

Estudante Morganna Bernardo canta Pedro pedreiro, de Chico

+ DIÁRIO DE PERNAMBUCOEstudantes do Agreste utilizam músicas de Chico Buarque para discutir preconceito e violência;

+ PORTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPESarau utiliza canções de Chico Buarque para promover reflexões sobre preconceito e violência;

PORTAL DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃOEscola promove estudos de gêneros inspirados em canções de Chico Buarque;

ACONTECE PERNAMBUCO replicou informação veiculada no Portal da SEE sobre o SARAU DE CHICO;

BLOG BEZERROS AGORA também replicou informação veiculada no Portal da SEE, sobre o SARAU DE CHICO. Confira!


Quer saber mais sobre o SARAU DE CHICO? Confira o banner, abaixo:

Clique no banner para ampliar!

sábado, 16 de novembro de 2013

O Sarau!


Este é o SARAU DE CHICO, um projeto que nasceu no espaço da sala de aula, com estudantes de ensino médio da EREM BEZERROS (Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros). A ação teve como finalidade levar a poesia, o esmero estético e o caráter reflexivo do nosso grande compositor CHICO BUARQUE DE HOLLANDA. É um trabalho que nos enche de orgulho!

Contando com 46 estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio da Escola de Referência em Ensino Médio BEZERROS, o SARAU DE CHICO é a primeira iniciativa do NEGRa - Núcleo de Estudos de Gênero e Raça, e serviu de espaço ao exercício de jovens muito talentosos: do teclado ao violão, do pandeiro ao violino, do clarinete ao saxofone.

Como se não bastasse, eles próprios desenharam com, muita criatividade - os seus figurinos. Somaram ao espetáculo de 90 minutos, dança contemporânea e disposição de fazer refletir sobre questões como a VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, DIVERSIDADE SEXUAL e RACISMO, através do cancioneiro de Chico.

Já realizamos 5 (cinco) apresentações: 3 (três) para os nossos mais de 700 estudantes - em 30 de outubro; outra no centro da cidade de Bezerros (Quadra do SISTEMA EDUCACIONAL RADAR), em 08 de novembro - por ocasião da tradicional feira literária Feslab, e por último, em 12 de novembro - uma para os estudantes do CENTRO DE ENSINO EXPERIMENTAL ESCOLA TÉCNICA DO AGRESTE, pais e responsáveis - que vibraram e aplaudiram de pé.

GENI E O ZEPELIM, A HISTÓRIA DE LILY BRAUN, OLHOS NOS OLHOS, TERESINHA, FOLHETIM, MIL PERDÕES, O MEU AMOR, MULHERES DE ATENAS, PEDRO PEDREIRO, O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE) e O MEU GURI são canções que serviram de plataforma para, sem nenhum exagero, o desenvolvimento artístico desses jovens, com performances que surpreenderam a todos.

Entre os anos 2005 e 2007, por ocasião do curso de pós-graduação (lato sensu) LINGUÍSTICA E ENSINO DO PORTUGUÊS, na UFPE, e sob a orientação do Prof. Dr. Aldo Lima, defendi o seguinte projeto monográfico: A CANÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL DE LEITURA NA ESCOLA: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA. Desde então, já se vão 03 saraus. (RECITAL LÍTERO-MUSICAL DO SESC - 2006, SARAU DA GUIOMAR - 2008 e agora o SARAU DE CHICO).

Vai, portanto, aqui, o meu agradecimento a Ana Xavier - gerente regional da GRE Mata Centro, que em parceria com a Prefeitura Municipal de Pombos, através de regime de permuta, possibilitou a mim - particularmente – disponibilidade para trabalhar, mais detidamente, tais temáticas, de forma lúdica e prazerosa com esses educandos. À Secretaria Executiva de Educação Profissional e à Secretaria da Mulher - pelas orientações e carinho. A Êda Cabral - nossa gestora, aos professores. A estes JOVENS E VALOROSOS EDUCANDOS!